O projeto está inserido em uma região de vales. Um vale de colinas suaves mas resistentes, onde as pastagens verdes e os carvalhos configuram uma paisagem de caráter forte, cuja cor muda com as estações. Os edifícios são formados por grandes volumes isolados que parecem se tocar, mas que, na verdade, competem uns com os outros para mostrar seu caráter arquitetônico.
Uma ousadia é particularmente evidente no telhado, cujo papel é reunir todos os diferentes conteúdos. Este é o contexto de um centro equestre de elite especializado em adestramento e com cocheira para cavalos: uma das forças mais fortes e sofisticadas criadas pela natureza.
A idéia de clareza e também a forte presença arquitetônica dos edifícios próximos guiaram o projeto desde o início. Além dos materiais e configurações expressivas específicas, a proposta foi inspirada pelo desejo de estabelecer uma relação com o contexto através de um volume exato e claro. Essa idéia de compreensão da edificação permeia não apenas o exterior, mas também determina a organização estrutural e construtiva dos edifícios.
Desta forma, as casas para funcionários que trabalham e treinam no centro equestre não são diferentes e também são elaboradas com a mesma volumetria, projetada para abrigar as áreas de treinamento ou cocheiras, que estão integradas nesses volumes, tentando evitar estabelecer uma diferenciação entre eles, pois isso implicaria uma fragmentação que não é compatível com a paisagem natural e arquitetônica do vale.
A organização do espaço é relativamente simples. O volume grande e alongado abriga as cocheiras e casas de funcionários. A cobertura segue a mesma e inclina-se para abrigar maior altura na moradia e acesso principal do conjunto.
Em paralelo, o grande volume que se conecta perpendicular ao primeiro contém a pista de treinamento para cavalos e cavaleiros e uma área de estar para treinadores, desta forma, a partir dos lugares de estar se tem vista direta tanto para a pista externa quanto para o picadeiro indoor.
Fonte: Archdaily