Os materiais para fazer o fechamento das baias e cocheiras devem ser práticos, duráveis, de fácil manutenção e esteticamente agradável. Materiais de boa qualidade normalmente são normalmente uma melhor solução econômica e durável a longo prazo do que materiais mais baratos a primeira vista que podem desembolsar grandes quantias ou até a necessidade de renovação total em um curto período de tempo.
Existem 3 materiais básicos que são amplamente aplicados nas cocheiras, são eles a madeira, o concreto e a alvenaria (tijolos). Vamos falar um pouquinho aqui das propriedades de cada um, suas vantagens e desvantagens, porém, o que pode ser a melhor solução para um pode não ser o mais adequado para outros. O tipo de material perfeito vai depender das características naturais da sua região, qual a maior abundância, qual o clima, entre outros fatores.
Madeira – Por ser um material natural, tem uma aparência mais atrativa para animais e humanos. Se devidamente tratada e cuidada, é maleável aos impactos de cavalos que dão coices na baia o que pode evitar lesões no animal (se secas, mal cuidadas, “podres” ou porosas por dentro, com fungos, naturalmente elas irão quebrar). Por ser leve, sua instalação é simples, prática e ainda é possível aumentar ou diminuir uma baia com facilidade se as divisões foram pré-fabricada (por exemplo, se tiver uma egua com potro ao pé que precisa de mais espaço que o normal). É um material inflamável, que demanda manutenção constante pois absorve água e microorganismos.
Concreto – São duráveis, a prova de fogo, pragas e requer pouca manutenção. Funciona bem em áreas que requerem durabilidade. É um material que acompanha as diferenças de temperatura (frio no inverno e quente no verão). Pode machucar cavalos que dão coices com frequencia nas baias, por isso recomenda-se meia parede revestida de borracha para amenizar o impacto nas pernas. Também tem alto custo, pois uma parede maciça de concreto requer uma boa fundação e ferragens, além de demorar mais em seu tempo de construção.
Alvenaria – É durável e tem baixos custos de manutenção. É bem similar ao concreto, tem uma certa resistência ao fogo, é anti-fungos e acompanha as diferenças de temperatura. Se não for uma alvenaria maciça, é necessário que tenha uma espessa camada de reboco (acima de 2cm) pois os chutes e pancadas dos cavalos podem danificar a “casca” do bloco deixando buracos com superfícies pontiagudas e perigosas (animais podem tentar se coçar e se machucar seriamente, ou por exemplo esbarrar o olho no buraco de um bloco cerâmico). Também é recomendável o uso da borracha em meia parede para absorver o impacto dos coices nas pernas e joelhos do animal.
Referências: Lucas Equine; Horse Stable and Riding Arena – Eileen F. Wheeler