Para iniciar uma criação de cavalos, deve-se atentar para as principais características de mercado, estrutura, atendimento ao cliente e aspectos relacionados à criação de cavalos.
O animal é um excelente companheiro do homem, muito dócil quando tratado bem e com um valor de mercado muito bom que movimenta vendas e capital em grande escala pela utilidade que pode oferecer.
Por hobbies, muitos criadores de cavalos sequer recebem ou utilizam os animais para atividades comerciais, aproveitando-se apenas da beleza do animal e pelo puro prazer de dedicar tempo a admirá-lo.
Aqui você verá alguns aspectos de criação de cavalos para ajudar no começo de um negócio como este.
Para que os cavalos sejam dignos de venda, deve-se começar a pensar na estrutura do espaço para o bem estar do animal.
Os cavalos criados sem a estrutura adequada para seu desenvolvimento podem crescer com temperamento arisco e sem uma relação pertinente com o homem, e isso diminui o valor de compra no mercado.
O bem estar do equino é realmente o primeiro passo a ser priorizado antes de tudo. A área de descanso e alimentação são chamadas de estábulos.
Eles precisam de espaço para que o cavalo possa sobreviver sem apertos, podendo circular confortavelmente com todo o seu corpo, com altura também adequada permitindo que fique de pé a qualquer momento sem barreiras que o atrapalhe.
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Para conferir na prática como funciona uma estrutura para a criação de cavalos, o ideal é que o empreendedor visite estabelecimentos próximos à região que dispõem de mesmas práticas para perceber a aplicação das técnicas teóricas numa situação prática.
Raças De Cavalos – Criação De Cavalos
Os cavalos em geral podem ser vendidos por valores altos quando bem tratados, algumas raças podem gerar um lucro exorbitante de mercado.
No país temos um total de 22 raças de cavalos, representadas nas associações de criadores: cavalo mangalarga, crioulo, pantaneiro, campolina, quarto de milha, mangalarga marchador, nordestino, árabe, brasileiro de hipismo, andaluz, frísio, puro sangue inglês, marajoara, campeiro, polo, paint, lusitano, bretão, trotador, ouro raça espanhola, percheron, morgan e poney.
Abaixo, vamos citar algumas das cracteristicas das principais raças comercializadas no Brasil.
Quarto de milha: O Quarto de Milha é considerada uma das raças mais versáteis para participar de competições equestres, pois apresenta grande capacidade de velocidade e, ainda, um alto grau de inteligência. A altura do animal costuma ser de aproximadamente 1,52 m, podendo chegar a 1,62 m e se destaca como corredor de curta distância. É, também, que é uma excelente opção para quem procura um animal para sela, lida de gado, corridas, três tambores, vaquejada, laço, entre outras funções.
Mangalarga: O Mangalarga surgiu após o cruzamento das raças Árabe, Alter e Andaluz — todos trazidos da Península Ibérica — a fim de desenvolver um animal de característica forte e marcante. A princípio, a raça foi criada na região sul do Estado de Minas Gerais e, com o passar do tempo, foi introduzida no Estado de São Paulo e, por isso é conhecido, também, como Mangalarga paulista. O comercio destes animais pode chegar a números expressivos. Considerado o cavalo mais caro do Brasil, Lucido da Figueira, é avaliado em R$5.000.000,00 (cinco milhões de reais), mais caro que uma Ferrari modelo 182 Superfast. O Mangalarga é um cavalo de sela, sendo que costuma ser muito usado nos esportes hípicos e, também, para o trabalho em fazendas. A média de altura é de 1,55 m e ele tem como principal característica a marcha trotada, que se difere do trote por manter um tempo ilimitado de suspensão entre os apoios (momento em que o animal fica totalmente sem contato com o solo).
Brasileiro de hipismo: Considerada uma nova raça no cenário nacional, o cavalo Brasileiro de hipismo é o resultado do cruzamento de outras raças, oriundas da Europa. Podemos dizer que é um típico animal de sela, com aptidão para todas as modalidades de salto, concurso completo de equitação e adestramento. Algumas características destacam essa raça de cavalo brasileiro, tais como a agilidade, a inteligência e a docilidade. Ainda, é válido acrescentar que ele é vivaz e mede aproximadamente 1,70 m de altura. Cavalos desta raça podem chegar a altos valores, para animais de categorias intermediarias o valor é a partir de R$100.000,00 (Cem mil reais) e categorias avançadas a partir de R$250.000,00 (Duzentos e cinquenta mil reais). Estima-se que o cavalo mais caro do mundo para este esporte, Fusaichi Pegasus, foi vendido por R$360.000.000,00 (Trezentos e sessenta milhões de reais)
Crioulo: Entre as raças brasileiras de cavalos, o Crioulo também merece destaque. Originário do cruzamento de outras raças vindas da Península Ibérica, esse cavalo está sendo criado principalmente no Estado do Rio Grande do Sul, além de países sul-americanos, como a Argentina, o Chile e o Uruguai.
O Crioulo é um animal de sela, cujo temperamento é considerado tranquilo, amável e muito inteligente. Além disso, é um cavalo que apresenta muita agilidade, força e resistência e, por isso, é indicado para a lida do gado. O tamanho dele pode variar entre 1,38 e 1,50 de altura, e seu peso entre 300 e 450 kg. A estrutura óssea do animal é compacta e a musculatura é muito consistente. Por isso, é muito utilizado para as tarefas de fazendas, atividades de montaria e para participar de competições equestres de algumas regiões do país.
Campolina: O Cavalo Campolina Essa raça miscigenada de equino teve origem no Brasil, no ano de 1870. E isso se deu por iniciativa de seu criador, Cassiano Campolina, que queria ter um cavalo de grande porte ágil, forte, belo e resistente para não perder suas cavalhadas. Ele, então, conseguiu atingir seu objetivo quando recebeu um presente, enviado por Dom Pedro II: uma égua chamada Medeia, que estava prenha da raça Andaluz. O potro recém-nascido dessa relação, veio a se chamar Monarca. E, apesar de algumas informações divergentes sobre o local de seu nascimento, o mais provável seria em Entre Rios de Minas/MG. Sendo um cavalo de grande porte, sua altura média varia de 1,58m para os machos e 1,52 para as fêmeas. Mas, em alguns casos, chegam a medir até 1,75 m de altura.
Paint Horse: Os Paint Horse são cavalos campeões de importação, muito famosos por sua versatilidade para transporte, trabalho, lazer e esporte. Esses animais são originários dos Estados Unidos, dos anos 1500, porém, é uma raça relativamente nova no Brasil. Amplamente utilizado em campeonatos, o Paint é inteligente, sociável, com temperamento dócil e amigável. Além disso, ele possui como características marcantes a estrutura corporal musculosa e a pelagem malhada/bicolor, que varia entre cada animal, ou seja, não existem dois cavalos da raça iguais. Por isso, para diferenciá-los quanto às suas características físicas, eles são classificados em Tobianos, Overos e Toveros.
Frisio ou Friesian: O cavalo Frisio, nativo do litoral norte da Holanda, é uma das raças de cavalo mais antigas da Europa. Conhecido por sua pelagem negra e a facilidade para o aprendizado, esse animal é muito utilizado em escolas equestres e competições de adestramento. Historicamente, o Frisio já foi usado para transporte de carga, corridas e tração de carruagens, especialmente de famílias ricas. Porém, esse cavalo nunca foi utilizado para a agricultura. Atualmente, seu uso mais comum é na montaria.
Cavalo Puro Sangue Inglês: Queridinho entre os cavalos de corrida, o Puro Sangue Inglês possui destaque por sua alta velocidade. Este elegante cavalo foi desenvolvido na Inglaterra para ser usado em corridas e saltos, e também tem destaque por sua resistência, sendo muito utilizado em competições equinas e para o melhoramento de outras raças. Ele é considerado o cavalo mais veloz do mundo em distâncias médias (800 e 3.000m). Aliás, sua personalidade é marcada por muita energia, aprendizagem rápida, sensibilidade, inteligência e dominação. Contudo, não é um cavalo fácil de ser domado.
Cavalo Árabe: Também conhecido como Puro Sangue Árabe, o cavalo Árabe é a raça de cavalo mais antiga do mundo. Criado no Oriente Médio, sua origem ainda é um mistério, porém, é sabido que nos escritos de mais de 3000 anos, o cavalo segue da mesma forma. Sua difusão pelo mundo aconteceu junto com o Cristianismo, enquanto no Brasil, o cavalo chegou por volta de 1920. Muito resistente em corridas a longas distâncias, o cavalo Árabe é muito utilizado para desenvolver raças mais populares, como o Quarto de Milha. Em relação a genealogia da raça, existem três linhagens conhecidas: o Egípcio, o Crabbet e o Polonês. Por fim, são animais muito inteligentes, comunicativos e de fácil relacionamento com humanos, muito utilizados em vaquejadas, concursos de equitação, enduro, hipismo clássico e rural, corrida e provas de halter.
Alimentação
Se quiser que os animais tenham sejam saudáveis, é preciso cuidar da alimentação acima de tudo. Além de visitas regulares de um zootécnico e de um veterinário para verificação e vacinação nas datas corretas, cuide para que tenha para o animal apenas feno fresco, água trocada ou reabastecida diariamente e, caso opte por ração, disponha de um alimento balanceado e rico em fibras que o animal precisa.
Os cavalos são animais de grande porte, que merecem alimentação adequada acima de tudo. O organismo dos cavalos deve ser saudável e proporcionar as necessidades energéticas que os cavalos precisam para desempenharem suas funções fisiológicas e até mercadológicas.
Um profissional deve acompanhar a verificação, vacinação e cuidado dos animais para que tenha feno fresco, água tratada e trocada diariamente e ração se for a opção utilizada para alimentação.
Diariamente, o cavalo deve obter as doses corretas de alimentos ricos em fibras e vitaminas. Os cuidados médicos constantes e uma boa alimentação são a base de uma criação de cavalos produtiva, e caso haja deficiências no controle destes aspectos, o empreendedor deve procurar soluções rapidamente.
Reprodução
Este aspecto está mais destinado para os empreendedores de criação de cavalos que pretendem vender os animais como principal forma de comércio no setor.
O período reprodutivo é o mais importante e deve estar sob o controle de um zootecnista e veterinário especialistas em animais de grande porte.
A reprodução pode acontecer por meio de inseminação artificial, consistindo na retirada do esperma de um animal injetando na fêmea para a criação de um embrião, que sofrerá modificações e dará origem a um novo exemplar da espécie.
Pode-se ainda investir na forma natural de reprodução, que hoje em dia é pouco realizada por várias razões.
A égua possui um cio de 12 dias, em que podemos observar o alargamento de seus órgãos genitais e aproximação do macho para o coito. A égua deve ser colocada para a reprodução numa idade em que não comprometa seu sistema reprodutivo, nem a cria e então foi adotado o padrão de três anos no mínimo.
As chances de que o filhote nasça saudável é consideravelmente maior, o que explica a adoção deste sistema. Embora as técnicas estejam cada vez mais aprimoradas em relação à criação de animais, a natureza ainda é fator determinante e pode atrasar muito um negócio que esteja fortemente veiculado a ela.
Por isso, é necessário um grande estudo a cerca dos principais determinantes como o clima, as condições de alimentação e outros.
O macho deve ser unido à fêmea apenas duas vezes ao dia durante o cio da égua, e mais do que isso comprometerá a forma de ejaculação, o que não é interessante para o negócio de criação de cavalos.
A gestação de uma égua dura cerca de 226 dias, e deve ser acompanhada por veterinário constantemente. Outros cuidados também devem ser tomados, como a vigia por um profissional criador para que as condições em que a égua vive não deixem a desejar e contribuam para o nascimento saudável do feto.
O abdome da égua incha a partir dos três meses de gravidez, e então é quando há a certeza de que o animal está para procriar. Antes disso, o ultrassom pode verificar se o cruzamento aconteceu com êxito ou não.
Fontes: https://www.comprerural.com/conheca-as-7-principais-racas-de-cavalos-brasileiras/ ; https://zootecniaprecisao.com.br/um-negocio-lucrativo-com-venda-de-cavlos/